Absoluto silêncio...
No absoluto silêncio da tua tapera, Negra Virginia, chora a dor de teres sido arrancada de tuas raízes, o sofrimento e humilhação provados no porão desumano do navio da vergonha.
Mas um dia explodiu a florada da primavera, com perfume silvestre das madressilvas.
O teu conhecimento empírico, tua raça brejeira, teu requebro sensual e teu sangue foram sementes no cadinho da nova raça.
Tua espiritualidade no “Queremos Deus” benzendo a dor dos insensatos e dos simples, teu galho de arruda mandando a “coisa ruim” para as profundezas do mar salgado.
Hoje, Preta Velha Virginia, trabalha nos abençoados
Congas dos Terreiros...
Bendito e louvado seja o absoluto silêncio da tua tapera.
2 comentários:
Em Silêncio também reverencio este Absoluto... Abraços Miro!
Lindo isso!!! Me faz lembrar a tapera que conheci que foi onde nasci!!!
beijo
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