Inútil Paisagem

domingo, 6 de fevereiro de 2011

... De Catulo da Paixão Cearense para seus críticos...

SERENATA NO CÉU

AVasco Lima

Zoilos! Parvos Aretinos!
Criticóides pequeninos!
Passadistas refratários!
Futuristas - legionários
dos maiores desatinos!
Poetastros retardatários!
Reis e príncipes cretinos!...

Vêde, pobres cerebrinos,
minha glorificação!

Numa dessas noites belas,
toda branca, tôda nua,
noite de recordação,
eu ouvi Deus e seus anjos,
em serenata às estrêlas,
cantando dentro da Lua
o meu "Luar do Sertão".


Luar do Sertão

Composição: Catulo da Paixão Cearense / João Pernambuco


Ah que saudade

Do luar da minha terra

Lá na serra branquejando

Folhas secas pelo chão

Este luar cá da cidade tão escuro

Não tem aquela saudade

Do luar lá do sertão

Não há oh gente oh não

Luar como este do sertão

Não há oh gente oh não

Luar como este do sertão

A gente fria

Desta terra sem poesia

Não se importa com esta lua

Nem faz caso do luar

Enquanto a onça

Lá na verde da capoeira

Leva uma hora inteira

Vendo a lua derivar

Não há oh gente oh não

Luar como este do sertão

Ai quem me dera

Que eu morresse lá na serra

Abraçado à minha terra

E dormindo de uma vez

Ser enterrado numa grota pequenina

Onde à tarde a surubina

Chora a sua viuvez

Não há oh gente oh não

Luar como este do sertão

Não há oh gente oh não

Luar como este do sertão


imagem: Google



Um comentário:

Gaivotadourada22 disse...

MARAVILHA!!!!!!
Abraços Miro!